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o irracional da razão

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Wiplash

Recentemente assisti Wiplash: Em busca da perfeição. Sei, eu sei, que tenho que melhorar quanto minhas expectativas, não somente para filmes como para a vida. Mas apesar de ter esperado mais, não se tem muita coisa a dizer a não ser que o filme é incrível. Na hora que terminei, tinha que assistir outro em seguida, por isso não mastiguei bem o filme. Apenas o engoli. Não tão rápido quanto achei, algo ficou entalado.
A questão é que, em Wiplash, tem um careca (JK Simmons) que me persegue. Tive um careca desses mil vezes presentes na minha vida. Uma atitude do mestre do Jazz Terence Fletcher (interpretado pelo careca) lembrava o movimento de um ex/atual professor, chefe, parente. Pessoas sem as quais eu seria bem mais desleixada. Um grito por errar uma vírgula, por não varrer a casa, ou um "aceite isso não é pra você", são coisas que não esquecemos tão facilmente.
Não me vejo especial, então todo mundo deve ter passado por alguma experiência assim, se não com um careca, talvez com um cabeludo, senhor distante, parente próximo. No filme, o garoto não conseguia abrir mão de um sonho a ponto dele se transformar numa obsessão, enquanto o mestre consegue ver o potencial que a raiva, o mal-estar e a impossibilidade pode fomentar no jovem. É perturbador ver o quanto a evolução e o desequilíbrio podem caminhar juntos.
Três dias depois de ter assistido o filme percebi que criar expectativa não foi algo que aprendi com os meus educadores carecas.

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