Contato Imediato

o irracional da razão

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vilã de Malhação

Não são poucas as amigas que gostam de disputar boys. Não sei se é a instiga da conquista, uma velha rixa, ou pra sair por cima mesmo. A questão é que quando tem paquera no meio não tem pra onde correr. É gente chorando, bebendo, procurando o rivoltril. E não adianta correr, vai ter briga sim e se questionar vai ter vasos voando também.
 O que não entendo é que, geralmente, o cara não vale um rato no baconzitos. Não vale o que o gato enterra, dá em cima de todas as amigas, mas se criticam é porque querem tomar o namoradinho/ficante/paquera/amor platônico do ônibus. A crítica nunca é vista como algo de alerta. E sim de disputa.
O que não entendo 2 é que a culpa é da amiga, desconhecida, vizinha, tia do cachorro-quente, ou seja sempre é da mulher. E aí é quando percebo uma rivalidade das mulheres.
A frase mais usada depois de uma escapulida do cara é "não vou deixar ele para essa mulher, ela não vai ganhar, vou mostrar a ela quem manda" o que  faz muita gente cair do cavalo com o tempo, porque quem prometeu amor não foi a "amante" foi o seu namorado/marido e adivinha quem muda com o tempo? ninguém. É isso mesmo. Só ninguém muda com o tempo. Quem quer mudar independe de horário.
Tem coisas que você só consegue se competir, mas no amor não existem medalhas nem troféus, não vale a pena competir, não adianta disputar. Porque nem todo mundo é Usain Bolt, a maioria fica pra trás. E é muito chato perceber que todo o esforço foi inútil. O conselho que eu daria é que  não veja em outra mulher uma possível arquiinimiga, vilã de Malhação ou presa do carinha que está com você. E se começar a paranoia pense bem com quem você está dormindo de conchinha.
Enrolei até aqui para dizer duas coisas:
1) não acredite em homem prefeito, esses que fazem promessas e mais promessas, se comovem e prometem mudança.
2) não vale a pena passar a vida  brincando de Todo Duro e Holyfield. Amor não é disputa. Você está fazendo isso errado.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pieguices do transporte coletivo

Me peguei fazendo uma comparação sobre transporte público e relacionamentos. Afinal, qual outro lugar senão no ônibus para termos as melhores associações e amores platônicos?!
Alguns relacionamentos se parecem com as pessoas que sentam ao nosso lado nos ônibus. Algumas sentam apenas porque é o único lugar vazio, já outras mesmo com todos assentos disponíveis fazem questão de sentar ao nosso lado.
Inúmeras entram no ônibus, mas só por um existe uma torcida, quase infantil, para que  não desça ou, se descer, que seja na mesma parada que a sua. Tem o paquera tímido que observa de longe, aqueles que nos deixam questionando como não o percebemos antes; existe também os que não entendem que o ônibus está lotado/indisponível.
Os que ficam em pé durante toda a viagem e os que nunca cedem o lugar. Os que pregam coisas que você não escuta e os que nem passam pela catraca seletiva do romance. Há quem gaste as passagens de forma leviana. Acabou-se o que era doce. Ou insira créditos no Vem.
E por vezes tenho a impressão de que, quem mais espero são as pessoas que os motoristas queimam a parada. Ou as que descem quando subo e vice versa. Mas isso não é motivo para não acreditar que um dia, em alguma parada ou linha de ônibus, um passageiro qualquer de algum trem, não mude o percurso e pare na mesma rota que a minha. Até porque, como diria Vinícius de Moraes: "A vida é a arte do encontro. Embora haja tanto desencontro pela vida".