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o irracional da razão

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pieguices do transporte coletivo

Me peguei fazendo uma comparação sobre transporte público e relacionamentos. Afinal, qual outro lugar senão no ônibus para termos as melhores associações e amores platônicos?!
Alguns relacionamentos se parecem com as pessoas que sentam ao nosso lado nos ônibus. Algumas sentam apenas porque é o único lugar vazio, já outras mesmo com todos assentos disponíveis fazem questão de sentar ao nosso lado.
Inúmeras entram no ônibus, mas só por um existe uma torcida, quase infantil, para que  não desça ou, se descer, que seja na mesma parada que a sua. Tem o paquera tímido que observa de longe, aqueles que nos deixam questionando como não o percebemos antes; existe também os que não entendem que o ônibus está lotado/indisponível.
Os que ficam em pé durante toda a viagem e os que nunca cedem o lugar. Os que pregam coisas que você não escuta e os que nem passam pela catraca seletiva do romance. Há quem gaste as passagens de forma leviana. Acabou-se o que era doce. Ou insira créditos no Vem.
E por vezes tenho a impressão de que, quem mais espero são as pessoas que os motoristas queimam a parada. Ou as que descem quando subo e vice versa. Mas isso não é motivo para não acreditar que um dia, em alguma parada ou linha de ônibus, um passageiro qualquer de algum trem, não mude o percurso e pare na mesma rota que a minha. Até porque, como diria Vinícius de Moraes: "A vida é a arte do encontro. Embora haja tanto desencontro pela vida".

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